Capítulo 07
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O Clã da Raposa
Esconde Sua Verdadeira
Identidade da Noiva
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» Tradução: Hitori «
~ Revisão: Dani ~
“Railey ainda é jovem e um pouco lerda… Você acha mesmo que ela consegue lidar com uma tarefa dessas?”
Antes a dúvida da esposa, o Visconde Vitence franziu a testa.
“Claro, normalmente ela não seria capaz! Mas é exatamente por isso que o outro lado vai baixar a guarda.”
“Ah… Entendo.”
“A chave é criar uma situação em que ninguém jamais suspeite que ela esteja agindo como uma espiã.”
“É disso que se trata…”
“Primeiro, precisamos começar descobrindo o valor do lance para a Mina de Rubi Principal.”
“Sim, já repassei as instruções para Margaret. Ela cuidará disso.”
“Mesmo que ela não consiga, assim que se integrar naturalmente à casa do Duque, chegará um momento em que ela poderá ser útil.”
“Suponho que eu estava me preocupando desnecessariamente.”
“Bem, normalmente, qualquer um pensaria assim. Mas pense em quem é o Marquês de Malvern. Ele levou tudo isso em consideração quando deu a ordem.”
O Visconde Vitence mencionou o nome do Marquês de Malvern como se isso por si só elevasse seu próprio status.
Na realidade, o Visconde Vitence não era um homem de grande habilidade.
Ele não era o tipo de homem que realizaria o ato ousado de casar sua jovem filha com a família do Duque apenas para usá-la como espiã.
A única razão pela qual ele assumiu uma aposta tão arriscada foi porque tinha o poderoso Marquês de Malvern o apoiando.
Por ter fortalecido laços com o Marquês, que exercia influência significativa na esfera política central, Vitence acreditava firmemente que seu futuro estava garantido.
E ele já não havia conseguido casar sua filha com a estimada família Ducal Elestine, sob a direção do Marquês?
“E pensar que aquela garota inútil se provaria útil um dia.”
“Hmph, acho que criá-la com todo aquele dinheiro desperdiçado valeu a pena, afinal.”
A frieza deles em relação a Railey decorria do fato de ela não ser sua filha verdadeira.
O Visconde Vitence estreitou os olhos, relembrando os eventos de anos anteriores.
Mais de uma década antes, a filha recém-nascida de sua esposa morrera logo após o parto.
Originalmente, eles planejavam usar a filha para uma aliança matrimonial estratégica, e perdê-la significava uma enorme perda comercial.
Como já havia um herdeiro homem, a filha era concebida apenas como uma ferramenta política, nada mais.
Desesperado para não perder a vantagem comercial, ele secretamente trouxe para casa um bebê abandonado na favela.
Como pretendia apenas usar a criança como um peão, não teve escrúpulos em acolher uma menina de origem humilde e criá-la como sua própria filha.
Para evitar vazamentos, ele nunca disse a Railey que ela não era realmente sua filha.
Em vez disso, ele minimizou os gastos com ela e a tratou inteiramente como um instrumento.
Apesar de tudo isso, o casamento político crucial que ele havia planejado com tanto cuidado havia se desfeito recentemente.
Se as coisas continuassem assim, todo o dinheiro e esforço que ele havia investido criando Railey seriam em vão.
O Visconde Vitence procurou às pressas um lugar para “vender” Railey.
Essa oportunidade surgiu na forma da busca do idoso Conde por uma segunda esposa.
Considerando o tempo e o dinheiro que havia investido em Railey, não era exatamente um negócio lucrativo, mas também não era um prejuízo. Ele considerou uma troca justa.
Em meio a tudo isso…
“Visconde Vitence.”
“Sim, Excelência, Marquês Malvern.”
“Eu estava pensando… que sua filha poderia ser a pessoa certa para o cargo…”
O Marquês de Malvern informou que a prestigiosa Casa de Elestine estava procurando uma jovem nora.
É verdade que os benefícios imediatos que ele receberia ao se aliar à família do Duque eram muito menores em comparação a se casar com alguém da família do idoso Conde.
No entanto, o ganho político de obter favores do influente Marquês de Malvern era muito maior.
Além disso, se Railey pudesse continuar a fornecer informações ao Marquês depois, a posição do Visconde Vitence dentro da facção se fortaleceria ainda mais.
“Hmph, até aquela garota miserável acabou tendo alguma utilidade, afinal.”
É claro que o Marquês de Malvern nunca teve grandes expectativas para Railey, para começo de cconversa
O papel dela era simplesmente se misturar naturalmente à família Elestine, baixar a guarda e, quando chegasse a hora, garantir uma vantagem decisiva para o lado deles.
O Visconde Vitence apagou o cigarro com um sorriso satisfeito.
Finalmente parecia que ele estava prestes a colher os frutos de seu investimento de longo prazo.
***
Enquanto isso, após terminarem a refeição, Walter caminhou ao lado de Railey, com o rosto radiante e um largo sorriso.
Railey inclinou a cabeça ligeiramente, confusa.
“Os aposentos do sogro não ficam na outra direção?”
“Bem, acabamos de jantar, então pensei que poderíamos dar uma voltinha enquanto nos vemos de volta. A menos que se importe?”
“Não, de jeito nenhum! Fico feliz que esteja sendo tão atenciosa.”
“Hehe, que alívio…”
Enquanto Walter ria bobamente e a olhava, Railey retribuía o sorriso.
“Talvez ele esteja feliz apenas porque sente que ganhou uma filha…”
O afeto incondicional do sogro era ao mesmo tempo estranho e delicado.
Era um contraste gritante com seus próprios pais, que se dedicavam apenas a usá-la e explorá-la.
“Pensando bem, parece que fui eu quem falou tudo… Não tem nada que você queira me perguntar?”
“Ah…”
Uma pergunta que vinha pairando em sua mente de repente escapou.
“Por que você me escolheu para ser sua nora? Honestamente, nossa família não é… prestigiosa o suficiente para estar ligada a uma casa ducal como a sua.”
A Casa de Elestine era um tanto afastada do centro político e considerada parte da facção minoritária.
No entanto, sua posição estava longe de ser baixa.
Era uma casa antiga, muito respeitada por servir como escudo que protegia o Norte de ameaças monstruosas.
Embora não fosse amplamente conhecida, a casa ducal parecia ter acumulado riqueza suficiente para manter sua dignidade e status.
Diante de tudo isso, certamente devia haver muitas famílias ansiosas para formar laços com Elestine.
Mesmo que precisassem ser discretos na escolha de uma nora para proteger seu segredo – de que eram parte do povo-fera –, ainda era intrigante por que se contentavam com uma família relativamente insignificante como a do Visconde Vitence.
Os olhos de Walter brilharam brevemente com a pergunta dela antes que sua expressão se tornasse sombria.
“Hmm… Sim, é algo que você deveria saber.”
Ele começou a explicar lentamente.
“Nossa família tende a escolher nossos parceiros com muito cuidado.”
“Sim.”
“Veja bem, é uma região difícil, com ondas monstruosas sendo enfrentadas diretamente… e também é um local propenso a conflitos militares. Se seu parceiro não for alguém em quem você possa confiar o suficiente para protegê-lo, pode ser perigoso.”
“Eu entendo.”
Um sorriso amargo surgiu nos lábios de Walter.
Parecia quase um sorriso de escárnio, mas a expressão desapareceu rapidamente sem deixar vestígios.
“Mas na história da nossa família… infelizmente, houve casos em que as Duquesas de Elestine traíram a família.”
“………!”
“Principalmente filhas de casas nobres de alto escalão eram mais propensas a isso.”
Railey ficou um pouco surpresa com as palavras dele.
Até então, ela pensava que a tradição de trazer e criar uma nora desde pequena era apenas para proteger o segredo de que elas eram do povo-fera.
Mas, aparentemente, também havia razões políticas.
“Não é algo que tornamos público, mas… a mãe de Serge — minha ex-esposa — era uma delas.”
“…….!”
“É uma coisa trágica.”
Railey enrijeceu-se com essas palavras. Era completamente diferente da história que ouvi das fadas.
[O Duque ama Rima!]
[Rima também ama o Duque!]
[Os dois se amam tanto!]
Ela presumiu que fosse uma simples história de amor mútuo, com a esposa falecendo tristemente antes do tempo…
Mas ouvir que a Duquesa anterior havia realmente traído a Casa de Elestine — essa era uma verdade inesperada.
“Bem, mesmo tirando isso, se alguém realmente não quer ficar nesta família, não há muito que possamos fazer.”
“………”
“Então, se você alguma vez sentir que não pertence a este lugar, pode me dizer a qualquer momento.”
Walter lhe ofereceu um sorriso gentil e paternal.
“Você ainda tem bastante tempo antes de atingir a maioridade. Pense bem. Se decidir que quer ir embora, nós a deixaremos ir em paz.”
“………!”
“Você já conheceu Serge, então deve saber – ele é um sujeito difícil. Eu entendo que vocês dois podem não ser compatíveis como parceiros. Nesse caso, não tenho intenção de forçá-la a ficar.”
Havia um tom de resignação em sua voz.
Suas palavras deveriam ter sido uma boa notícia para Railey.
Afinal, ela sempre planejava deixar aquela família.
E, no entanto, em vez de se sentir feliz, seu coração ficou pesado, como se estivesse sob o peso de uma pedra.
“Você acabou de chegar a este castelo, e aqui estou eu te sobrecarregando com uma conversa tão pesada… De qualquer forma, lembre-se, acima de tudo, que o mais importante é que você viva com saúde e felicidade, minha querida nora. Por favor, não se esqueça disso.”
“Sim”
Enquanto a atmosfera um tanto sombria se instalava ao redor deles…
“Au!”
Um latido repentino irrompeu, quebrando o clima pesado.
Railey se virou na direção do som.
Lá, olhando para ela, estava um pequeno filhote de raposa de pelo preto e olhos dourados brilhantes.
[Hitori: Mano, eu não sabia que Raposas latia.]
[Dani: pse kkkkkk]