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Capítulo 13

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Recrutamento

Quando terminei de me arrumar para sair, o céu já estava tingido pelo crepúsculo.

Nossa. Isso é quase um trabalho braçal.

Só o penteado já me deixou exausta, e agora que me produzi de verdade, parecia que toda minha energia tinha se esvaído.

Ainda assim, o resultado era bom o bastante para aliviar boa parte do cansaço.

No começo, as atendentes pareciam cautelosas, como se andassem em ovos, mas com o tempo se empolgaram tanto com a arrumação que passaram a me embelezar com entusiasmo genuíno.

— Nada mal.

Assenti satisfeita e entreguei um envelope polpudo de gratificação para as três encarregadas da produção.

Penny arregalou os olhos ao ver o valor, tão alto que quase ficou sem fôlego, e se curvou com ainda mais respeito.

— Foi uma honra, senhorita. Por favor, chame-me sempre que precisar.

Ela sabe jogar o jogo.

— Certo.

As criadas me encararam como se estivessem sonhando acordadas.

— O Hotel Sainte-Trio vai ser abalado hoje à noite.

— Não estou planejando causar escândalo nenhum, viu?

— N-não é isso, é só que… hoje com certeza a senhorita será a mulher mais bela da festa!

Mesmo aquelas que pareciam temer a temível Therese diziam isso com sinceridade agora.

A verdadeira Therese teria zombado delas, mas no fundo ficaria nas nuvens. Eu, por outro lado, só sentia a glicose despencando.

— Tem alguma coisa doce pra beber?

— Sim! Aqui está.

Com medo que a fera bem-comportada se tornasse um monstro com hipoglicemia, a criada me estendeu um suco doce como se empunhasse um dardo tranquilizante.

Hmm…

Ser tratada como uma bomba-relógio me incomodava, mas confesso que tinha lá seu charme.

Depois de esvaziar o copo de suco, me senti bem melhor.

— E a carruagem?

— Dei ordem para que aguardasse lá embaixo meia hora antes. Mas… o cavalheiro que irá escoltar a senhorita ainda não chegou.

Em eventos como este, é praticamente inconcebível que uma dama vá sozinha.

Principalmente alguém jovem e bela como Therese.

— O cavaleiro de escolta pode cuidar disso. Pretendo levar só vocês e meu guarda-costas. Não quero chamar atenção chegando com pompa.

Diferente de Therese, eu não era fã de festas cheias de ostentação.

É só comprar o que preciso e voltar correndo pra estudar meus grimórios.

— Tenho muitos livros pra revisar antes das aulas começarem. Só vou resolver o que for necessário e voltar logo.

Quanto mais eu explicava, mais os rostos das criadas se ensombreciam.

Mencionei os grimórios e elas fizeram cara de quem tinha acabado de ver alguém de cama com uma doença terminal.

Será que a falta de interesse da Therese em festas é tão absurda assim?

Com mentalidade de desenvolvedora, fiz um check rápido de verossimilhança e… é, realmente era estranho.

A menos que tivesse uma doença fatal ou estivesse tramando algo perverso, Therese jamais agiria assim.

— Ouvi dizer que o Conde Fabio também estará no leilão. Tem certeza que está tudo bem? Vai ter ainda mais olhos em cima da senhorita.

— Fabio? Quem?

…perguntei, e no mesmo instante lembrei.

É a família com quem Therese rompeu o noivado!

Agora fazia sentido aquele tom melancólico nas cartas de aniversário.

Era tudo sobre o rompimento do noivado.

Involuntariamente, ignorei todas essas referências e mandei respostas genéricas sem perceber.

Mas também… não dava pra lembrar o nome de cada NPC aleatório que criei.

Tentei contornar.

— Não tem jeito, né? Não posso evitar pra sempre. Além disso, a culpa pelo rompimento foi mais minha do que deles.

— Senhorita…

— Prefiro não tocar mais nesse assunto. Seria desrespeitoso com a família dele.

Minhas palavras sensatas só faziam as funcionárias ficarem ainda mais consternadas.

Uma sussurrou.

— Deve estar mais abalada do que aparenta…

É. Melhor nem dizer mais nada.

Terminei de me aprontar e desci para o primeiro andar.

Ao atravessar o saguão, dei de cara com uma figura inesperada. Giuseppe.

Ao me ver, ele parou ali perto e franziu a testa.

— Que tipo de roupa é essa?

— Ué? Ficou ruim?

O vestido azul escuro de ombros à mostra estava quase todo encoberto pela capa preta, mas as pedrinhas bordadas refletiam lindamente sob o lustre.

O cabelo caía em ondas perfeitas, e o visual inteiro exalava a aura de uma dama vilanesca e poderosa.

Giuseppe lançou um olhar enviesado para a pulseira de linha que eu usava no pulso, e fez bico.

A peça destoava um pouco do look, mas era uma boa oportunidade pra fazer marketing da Libby.

Como um passarinho inocente entre cobras e raposas do mundo nobre, ela reluzia em contraste.

Normalmente esse papel era da Rosanne.

Mas uma imagem de “domadora de feras” que até conquistou a temida Therese também era interessante.

Giuseppe veio andando até mim com uma expressão emburrada.

E então, senti a magia.

— Que a bainha do vestido brilhe a cada passo como estrelas no céu noturno.

Manipular partículas tão minúsculas de mana exigia um controle refinado.

Essa era justamente a especialidade do Giuseppe, e até agora, ele só usara esse tipo de magia pela Libby.

O pó de luz cintilava de modo sutil, deixando uma impressão mística em quem visse de relance.

— Agora sim está apresentável.

Falou de mau humor e logo saiu correndo pro outro lado.

As orelhas avermelhadas denunciavam sua vergonha.

Ding!

[Constelação ‘Teórico da Conspiração’ doou 1.000 moedas.]

[Esse garoto… está caidinho por ela.]

Eu não pensei isso, sinceramente.

Ele só ficou com peso na consciência por não ter dado presente de aniversário como o resto.

Giuseppe era um menino que amava a família — exceto Therese.

Mesmo que não gostasse de mim, se desejava ver os parentes em harmonia, era maduro o suficiente para colaborar.

Eu mesma fazia isso desde os oito anos, afinal.

— Ainda assim, não esperava que fosse fazer tanto.

Caminhei até a carruagem, balançando levemente a barra do vestido.

A cada passo, o brilho mágico se espalhava, e as criadas que me seguiam suspiravam em admiração.

— Sabia que o dom do jovem mestre era o controle refinado de mana, mas ver com os próprios olhos é outra história.

— Ouvi dizer que ele queria se aproximar mais da senhorita ultimamente. Aposto que estava esperando sua saída.

Por que essa conversa está indo pra esse lado?

— Mas ele não tinha acabado de voltar de um passeio?

As criadas riram baixinho.

— Mas os sapatos dele estavam limpinhos. Aposto que só ficou andando pelo saguão esperando a senhorita.

Definitivamente, elas já estavam mais à vontade comigo.

É por isso que se soltam e falam essas bobagens.

Dei de ombros, sem concordar nem discordar, e aceitei a mão do guarda para subir na carruagem.

— Senhorita, vamos acompanhá-la logo em seguida.

Achei estranha essa história de irem em outro veículo.

— A carruagem é espaçosa. Por que não vêm comigo?

As criadas hesitaram, visivelmente nervosas.

Tudo bem ter medo da Therese, mas ficar tão assustadas com qualquer palavra minha começava a ser irritante.

— Entrem logo. Se a gente se atrasar, vou colocar a culpa em vocês.

Só então elas subiram.

Cada uma com o rosto corado e olhos brilhantes.

— Obrigada, senhorita. Sempre sonhei em andar numa carruagem tão linda assim…

— Nenhuma criada jamais esteve numa carruagem tão esplêndida.

— Uhum.

Assenti com a cabeça.

Até agora, Therese só levava colegas da elite para esses eventos sociais — que no fundo eram apenas moças da nobreza a seu serviço.

Levar criadas a uma ocasião dessas era inédito.

E levá-las na própria carruagem então… sem precedentes.

Elas pareciam radiantes com isso.

— Hoje, nem uma só carruagem vai querer ficar perto da nossa no Sainte-Trio.

— E não é só a carruagem. Ninguém vai querer ficar do lado da senhorita, de tão deslumbrante que está.

Cocei a bochecha, sem saber onde enfiar a cara.

Nem fui agressiva com ninguém desde que transmigrei… ainda acham que vou sair puxando cabelo por aí?

E então, como se combinado, todas as criadas caíram na risada.

— A gente quis dizer que, de tão linda, ninguém vai querer se comparar à senhorita.

Ah… era isso?

Constrangida, abri um dos grimórios que levaria pra ler na carruagem.

As criadas voltaram a rir como se eu fosse adorável.

Ding!

[Constelação ‘HaHaBus’ doou 1.000 moedas.]

[Sou tão bonita e nem percebo.]

DIng!

[Constelação ‘HaHaBus’ doou 1.000 moedas.]

[Sou tão popular e nem percebo.]

DIng!

[Constelação ‘HaHaBus’ doou 1.000 moedas.]

[Sou linda, popular, habilidosa e ainda venho de família nobre, mas sou tímida.]

— ………

O que deu nessa Constelação?

[Diversas Constelações franzem a testa diante do spam de ‘HaHaBus’.]

[Sistema: O administrador do canal — Ozzy — ocultou as notificações de doações de ‘HaHaBus’ por 24 horas.]

Ah, tem essa função?

Fechei a janela de doações, ainda meio desgostosa, e mergulhei na leitura do grimório.

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