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Capítulo 11

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Recrutamento

— Ah, e o dormitório? Como ficou?

— A senhorita foi alocada no melhor quarto. Suas bagagens já foram levadas, então poderá confirmar no dia da abertura oficial do semestre.

Os quinze dias antes do início das aulas funcionavam como um período tutorial para os jogadores de Deleite dos Deuses. Nesse tempo, era possível escolher se a personagem se manteria em casa ou se mudaria para o dormitório.

Escolher morar com a família fortalecia os laços com os parentes, garantindo apoio mais sólido ao longo da campanha.

Claro que isso valia apenas para a protagonista, Libby.

— Para a Therese, sair de casa é a escolha mais segura.

Optar pelo dormitório acelerava o crescimento dos atributos da personagem.

Mais importante que isso: aumentava consideravelmente os encontros com os interesses amorosos.

Deleite dos Deuses contava com quatro protagonistas masculinos:

O presidente do grêmio estudantil e herdeiro da família rival, Clyde Willow.
O vice-presidente do grêmio e plebeu de origem, Demian West.
O gênio da magia e professor da academia Valhalla, Illya Bernstein.
E o imperador, Eugis Rodrigo.

Três desses personagens estavam dentro da escola, então seria lógico escolher o dormitório como base de operações.

— Mas aí tem uma baita brecha.

Ao morar no colégio, o contato com Eugis, o imperador, tornava-se praticamente nulo.

Por que isso era um problema?

Porque cada um dos quatro homens possuía dois finais: o verdadeiro e o trágico.

Para desbloquear o final verdadeiro com qualquer um deles, havia uma condição indispensável:

— Neutralizar os gatilhos do final trágico de todos os personagens.

Se algum fator de tragédia permanecesse ativo, o desfecho resultava em genocídio familiar, assassinato, ruína — uma bela merda, em resumo.

— Já que criamos quatro rotas de romance, o mínimo era dar um test-drive em todas.

Essa era a intenção por trás da mecânica. Só que, agora, isso se tornava uma variável perigosa que podia me custar a vida.

Se a afinidade com algum dos protagonistas despencasse, o final trágico era ativado.

E a Therese… bem, ela era filha da casa rival, inimiga declarada de todos os mocinhos. Não tinha sequer o álibi da Libby, que havia crescido fora da linhagem principal.

— Até conseguir sair desse mundo, será que consigo escapar dos finais ruins?

Pior: Therese era tão famosa que nem dava pra fugir pra outro país.

— Haaaaah…

Meu suspiro fez a criada ao lado estremecer.

Ela lançava olhares nervosos para o vestido lilás que eu usava — um dos mais simples do armário da Therese — e então desatou a falar, como se disparasse uma metralhadora:

— A senhorita não gostou do vestido, foi isso? Posso trocá-lo imediatamente!

— Não. Só estava pensando em outra coisa. Eu gostei do vestido.

Ela pareceu não acreditar, mas assentiu obediente. Parecia alguém tentando se mover com calma para não assustar um urso selvagem.

Depois de pronta, sentei à escrivaninha novinha que ficava encostada no canto do quarto.

— Quer dizer, nova pra mim, mas deve ser realmente nova. Therese nunca deve ter encostado aqui.

Tirei papel, tinteiro e pena, e comecei a anotar:

— Lista de parasitas que vivem às custas da Casa Squire.

Qualquer vilão que atrapalhasse meu progresso no jogo seria removido com antecedência.

— Entrego isso antes de sair de casa.

Se entregasse agora, podiam questionar como eu sabia tanta coisa — ou pior, achar que eu estava de olho no posto de herdeira.

Não queria nenhuma dessas suposições.

Enquanto redigia minha lista com fervor, alguém bateu à porta.

— Quem será? Não tem ninguém que viria me visitar a essa hora…

— Entre.

Guardei a lista e abri um grimório para disfarçar. Vários criados entraram carregando móveis e suando em bicas, apesar do frio.

— Senhorita, estamos aqui para substituir os móveis. Podemos abrir a porta por um momento?

— Substituir? Por quê? Os móveis estão perfeitos.

— O Mestre disse que não condizem com sua dignidade e ordenou que fossem trocados.

— Como é que é?

— Ele disse que a senhorita merece algo à altura.

— Uhum… certo.

Como já tinha sido designada ao dormitório, não havia razão para voltar a essa casa. E ninguém mais usaria esse quarto isolado.

— Bom, não é meu dinheiro, né? Alguém acaba usando esses móveis depois.

…Ou assim pensei. Só que não parou por aí.

No dia seguinte, Miranda veio me chamar com um sorriso animado.

— Senhorita! Sua carruagem exclusiva acaba de chegar. Gostaria de vê-la?

— Carruagem? De quem você está falando?

— Da sua, é claro! A senhorita Therese ganhou de presente de aniversário.

— Hein? Mas eu não pedi carruagem nenhuma…

— O Mestre mandou entregar. Venha ver! Está sendo um alvoroço.

Mas… eu nunca coloquei uma carruagem exclusiva pra Therese no jogo.

[A Constelação ‘HaHaBus’ patrocinou com 1.000 moedas.]
[Encontrei. Meu refúgio eterno.]

Atônita, fui com Miranda até a frente da mansão.

Os empregados estavam reunidos ao redor da carruagem, como quem admira um supercarro raro.

Ela era lindíssima, em verde-oliva discreto, com uma presença que impunha respeito.

— O… ué?

O design era tão familiar que me faltou o ar.

Eu lembrava até o código da cor.

— Por que essa carruagem está aqui?

Era o presente de aniversário da Libby, ora!

Apareceu então Donovan, como se tivesse me lido os pensamentos.

— Chegou cedo, senhorita. Logo os demais estarão aqui. Gostou da carruagem?

É claro que sim.

Ela foi criada para valorizar ao máximo a protagonista.

— Isso é… meu presente?

— Exatamente. O Mestre mandou entregar em comemoração ao seu aniversário.

— Mas… eu já recebi um cheque em branco. Isso aqui não é exagerado?

Donovan pareceu conter uma reação, e então respondeu com postura ainda mais respeitosa:

— A carruagem e o cheque são presentes separados. O Mestre não considera exagero. Por favor, aceite com alegria.

— Mas eu considero exagero.

[As Constelações sorriem com ternura.]
[A Constelação ‘Materialista Convicto’ aplaude em êxtase.]

Não tinha como devolver a carruagem, então apenas assenti, resignada.

Nesse momento, vi o Duque, a Duquesa, Libby e Giuseppe se aproximando.

Raul, já presente, me avistou e perguntou com expressão dura:

— Como está se sentindo?

Dei uma olhada confusa.

— Você desmaiou, lembra?

— Ah… Não foi bem um desmaio. Só fiquei tonta por um instante. Já estou bem.

Deixei claro que não era nada sério. Todos entenderam, mas ficaram visivelmente intrigados.

Raul pigarreou e lançou um olhar rápido à carruagem.

— Gostou do presente?

Felizmente, as noções básicas de etiqueta vinham de forma quase instintiva.

Inclinei-me levemente.

— Sim. Obrigada, pai. Usarei com zelo.

Talvez tenha sido impressão minha, mas Raul me olhou com um semblante carregado de culpa.

— Por que esse olhar? Como se estivesse arrependido…

Tudo que fiz desde que assumi o corpo da Therese foi deixá-lo furioso.

— E ele ficou decepcionado comigo várias vezes, inclusive.

Será que ele realmente ficou chateado por esquecer o aniversário?

Mas era da Therese, não é como se fosse importante…

— Ah… será isso?

O jogo original não explorava os bastidores da Casa Squire.

Talvez, com a minha presença, esse espaço em branco tenha sido preenchido por um novo enredo.

— Agora Raul é uma pessoa real. Eu subestimei isso.

Se ele queria uma família harmoniosa, o melhor era colaborar com o teatro.

Vi que Giuseppe se contorcia de vontade de se aproximar da carruagem, mas hesitava por orgulho.

— Pode vir olhar de perto, se quiser.

Ele tentou disfarçar, mas logo começou a examinar o veículo como um menino fascinado por carros.

— Hm… nunca vi esse modelo antes.

Mantinha o rosto impassível, mas os olhos brilhavam. Abriu a porta da carruagem com um movimento ágil.

— O acabamento interno é bem simples. Nada a ver com os modelos 21.

Sorri com superioridade e respondi.

— Por isso mesmo o interior é mais espaçoso. Quanto mais simples o design, maior o grau de sofisticação. Parece modesta por fora, mas os materiais usados são resistentes à umidade e ao calor. Custa uma fortuna. E como é mais leve, os eixos sofrem menos desgaste. Mais segurança, entende?

Quando terminei de falar, todos me olhavam como se eu fosse uma aberração.

Giuseppe, em especial, estava pasmo.

— Como é que você sabe disso?

Simples. Porque esse era o presente mais importante da Libby ao retornar à mansão — e eu e minha equipe passamos noites em claro desenhando cada detalhe.

[A Constelação ‘Formado em Humanas’ doou 1.000 moedas.]
[Lá vem o papo de exatas de novo…]

Não tem nada a ver com exatas, ok? …Eu acho.

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