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Capítulo 10

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Recrutamento

— Você se lembra do que eu já dei de presente pra Therese no aniversário dela?

— Mandou reservar um hotel inteiro para uma festa, se não me engano.

Raul não se lembrava disso.

Provavelmente tinha assinado qualquer autorização que apareceu por essa época do ano, sem nem ler. Nunca quis se envolver, muito menos saber dos detalhes.

— Mais cedo, a Therese me perguntou se eu sabia que hoje era aniversário dela. Mas não parecia uma pergunta… ela tinha certeza de que eu não sabia.

Ele apoiou o charuto no cinzeiro e esfregou os olhos com lentidão.

— O curioso é que… o da Libby, eu nunca esqueço. Mesmo tendo desaparecido quando ainda era um bebê, sempre comemorei com minha esposa, ano após ano.

Foi a primeira vez que achou isso estranho.

A voz dele saiu baixa, quase como um arranhar de metal:

— Não sei onde foi que tudo desandou.

— É assim mesmo quando se trata de filhos, senhor. Não se culpe tanto.

Toc, toc.

Um criado bateu à porta do escritório.

— Senhor, a senhorita passou mal. Chamamos o médico da família.

Raul se levantou num pulo.

— O quê?! A Libby passou mal?!

Como podiam anunciar algo tão sério com essa calma?

O criado se apressou em esclarecer, visivelmente nervoso:

— Perdão, senhor. Não fui claro. Falo da senhorita Therese.

— Ah…

Raul sentiu um alívio momentâneo. Mas logo veio o frio na espinha.

Therese havia desmaiado, e ele ficou aliviado?

Por não ter sido a Libby?

Sentiu-se como se estivesse preso num pesadelo.

Cerrou os dentes e saiu em disparada para o quarto de Therese.

— Abram.

Bam!

Mas, ao escancarar a porta, quem viu ali foi Libby, sentada com Giuseppe, tomando chá.

Libby se levantou, surpresa:

— Pai? Aconteceu alguma coisa?

Raul ficou confuso.

Por que a Libby está nesse quarto…?

Nesse instante, Donovan se apressou em explicar:

— Senhor, o quarto da senhorita Therese não é mais esse.

— O quê? Mas esse era…

Ele se deu conta, tardiamente, de que Therese havia cedido o quarto de herdeira à irmã.

— Vou acompanhá-lo até o novo quarto dela.

Sem dizer uma palavra a Libby ou Giuseppe, Raul seguiu Donovan pelos longos corredores da mansão.

A nova ala era remota, um cômodo nos fundos, no fim do corredor. Um quarto tão isolado que, até então, ninguém o havia usado.

— Ela escolheu ficar aqui?

Quando a porta se abriu, revelando a sala de estar abarrotada de móveis antigos e apertados, Raul ficou ainda mais atônito.

— A filha de um duque morando num lugar desses? Há quartos muito melhores. Por que ela insistiu em vir pra cá?

— A senhorita fez questão. Pedimos desculpas.

Por quê?

O orgulho de Therese era quase uma marca registrada. E mesmo assim… isso?

Nesse turbilhão de pensamentos, o médico da família surgiu para prestar esclarecimentos.

— Senhor. Ia justamente procurá-lo. A senhorita não chegou a desmaiar; teve apenas uma tontura. Já está medicada e deve melhorar logo.

Raul se lembrou de que, no jantar, ela mal tocou na comida. Recusou a carne, empurrou a sopa.

E estava pálida.

— E agora?

— Acabou de adormecer. Devo chamá-la?

— Não. Deixe-a descansar.

Era muita coisa para digerir. Ele precisava pensar.

Os criados não pareceram surpresos com a decisão de Raul. Como se já esperassem que ele não fosse entrar.

— Esperem.

Quando iam sair do quarto, ele levantou a mão.

— Esses móveis não condizem com a dignidade da casa. Quero tudo substituído por peças de qualidade.

Era uma ordem extravagante.

Mas Donovan logo assumiu o comando:

— Como desejar.

Raul assentiu e saiu.

— Ah…

De repente, lembrou-se de algo.

Certa vez, no começo do ano passado, Therese dissera que queria uma carruagem exclusiva. Ele recusara sem pestanejar.

Será que era o presente de aniversário que ela queria…?

Virou-se para Donovan.

— Compre uma carruagem para ela. Um presente de aniversário.

— Devo considerar o cheque em branco anulado?

— Não. Que fique com os dois.

Doaria o que fosse necessário.

Mesmo para Therese.

Donovan engoliu em seco. Aquilo era inédito.

— Muito bem, senhor. Assim que encontrarmos uma adequada, levarei os papéis.

— Não. Pergunte a ela o que deseja.

Dessa vez, Donovan não se conteve:

— Eu sei exatamente qual ela queria. Uma luxuosa, com curvas elegantes como tulipas, pintada com um tom clássico de verde-oliva e com todos os detalhes folheados a ouro.

Uma carruagem digna de uma duquesa ou princesa.

— Que seja essa, então.

— Senhor… isso vai causar alvoroço entre a aristocracia.

Um presente extravagante demais podia sair pela culatra.

— Acha que nossa situação financeira está tão ruim que não podemos dar isso à nossa filha?

— …Perdão, senhor. Fui insolente.

— Tudo bem. Sua preocupação faz sentido.

Raul voltou ao escritório, os passos mais pesados.

Ali, tudo era longe: o quarto da herdeira, seu próprio gabinete… Até a filha.

Quem foi que colocou tanta distância entre eles?

Sua expressão ficou sombria.


Na manhã seguinte.

Eu só tinha tomado o remédio e dormido até tarde. Mas assim que abri os olhos, fui recebida por uma notificação inacreditável:

[A Constelação ‘Resposta Satisfatória’ patrocinou com 1.000 moedas.]

[Adoeceu na hora certa! Esse canal é mesmo favorecido pelo universo!]

— …Hein?

[A Constelação ‘Teórico da Conspiração’ patrocinou com 1.000 moedas.]

[Essa cena foi toda roteirizada pela streamer Haha Raul está na palma da mão dela Hahaha]

As notificações desapareciam com o tempo, mesmo se eu não as fechasse.

Ou seja: essas haviam sido bem recentes.

Eles passaram a madrugada comentando? Por causa disso…?

Abri a aba de comentários, mas só vi um monte de mensagens surtadas.

Tentei entender a situação, mas foi difícil.

Logo bateram à porta.

— Senhorita, como está se sentindo?

— Estou bem. Melhor impossível.

Já sentia o estômago embrulhado no jantar de ontem…

Quando o Oswald desapareceu da biblioteca, voltei pro quarto. Estava tão estressada que mal consegui dar alguns passos. A tontura veio forte, e eu desabei no chão.

— O duque veio aqui ontem também.

Enquanto as criadas me ajudavam com o penteado, franzi a testa.

— O pai veio?

Então por isso mencionaram ele nas doações…

— Sim. Ele mesmo perguntou ao médico sobre sua saúde.

Pais se preocuparem com os filhos doentes não devia ser nada demais…

Mas as criadas relatavam como se fosse um evento raro.

E era mesmo.

— Não precisava ter vindo por tão pouco.

Suspirei e levei a mão ao rosto.

Sabia bem como era ser o filho “difícil”: bastava incomodar demais e virava um estorvo.

Isso podia atrapalhar meus planos.

Se eu quisesse sair daquela casa com segurança, precisava ser mais cuidadosa.

— A partir de agora, não quero que chamem meu pai por qualquer indisposição. A não ser que seja grave, resolvam entre vocês.

Era uma ordem.

Mas como Therese sempre causava confusão com fingimentos, aquilo soou estranho.

As criadas se entreolharam, sem saber se era sério.

— M-mas a senhorita chegou a desmaiar ontem…

— Foi só uma tontura. O médico disse que não era nada.

O silêncio tomou conta do quarto. Ninguém sabia o que dizer.

Suspirei e me sentei à penteadeira.

Um gesto silencioso para que começassem a me arrumar.

Aliviadas por terem algo a fazer, elas logo se apressaram.

Em cima da mesa, repousava um envelope sofisticado.

Dentro, havia um cheque em branco.

Pronto. O aniversário terminou bem.

Consegui o que queria.

Agora, era só passar os dias em silêncio… até o próximo passo.

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