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Capítulo 08

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Recrutamento

Sair dali sem dizer nada parecia perigoso. Qualquer insatisfação reprimida poderia explodir.

As Constelações estavam em polvorosa, ainda que eu, a envolvida, estivesse tranquila.

Fazer o quê? Melhor tomar uma atitude.

Enquanto cortava um pedaço generoso de carne, comentei casualmente.

— Pai. Eu queria comprar uma coisa, mas estou sem mesada.

Raul franziu as sobrancelhas.

Ele respondeu num tom que deixava claro que não queria estragar o clima.

— Fale depois.

Era um aviso: não o incomode.

Mas Therese não é do tipo que engole palavras assim tão fácil.

— Quando seria um bom momento, então? Antes do início do semestre seria ideal.

Raul pareceu perder a paciência com a filha que, segundo ele, jamais amadurecia.

— Sua irmã acabou de voltar. E você só pensa em gastar dinheiro? Em pedir mesada?

— É que hoje é meu aniversário.

Falei com naturalidade, como quem menciona o tempo. Apontei meu prato vazio e pedi mais sopa ao criado, como se não fosse nada demais.

…Merda.

Mas engasguei. O pedaço de carne desceu arranhando a garganta.

Foi culpa minha. Eu mesma fui cutucar a ferida.

Na verdade, não queria ter dito que era meu aniversário. Detestava a ideia.

— E daí que é seu aniversário? Estamos aqui para celebrar o retorno da sua irmã. Se quiser bolo, coma esse aqui. Mas, por favor, não perturbe sua irmã.

Era só mais uma confirmação de que esse dia não significava nada pra eles.

Acho que vou vomitar.

Nem a sopa descia mais.

Limpei os lábios com o guardanapo e levantei a cabeça, percebendo o clima pesado à mesa.

Raul estava menos irritado, mas ainda desconfortável.

— Mesmo assim, podia ter vindo falar comigo em outro momento.

Falar em outro momento? Como se isso fosse funcionar.

_O Deleite dos Deuses era um projeto cheio de toques pessoais, baseado em experiências próprias.

A infelicidade da Therese refletia vivências minhas.

Cinco anos desde o sumiço da irmã, três desde o nascimento do irmão… sempre havia um motivo para ignorarem o aniversário da filha mais velha.

A mágoa da Therese, o ódio pela nova família… tudo isso vinha de algum lugar.

A filha mais velha que não é amada…

Um clichê que parecia tão próximo de mim, que não resisti a usar.

Mas agora me arrependo amargamente.

Se soubesse que viveria como a Therese, jamais teria escrito isso.

Que inferno.

Engoli a tristeza e tentei soar indiferente.

— O senhor provavelmente nem lembraria que era meu aniversário. Ia ser só mais um incômodo. Só falei porque realmente preciso de uma coisa.

Raul hesitou.

Seu rosto pareceu entrar em conflito.

— Quantos anos você tem? E ainda acha certo culpar o pai por esquecer um aniversário?

Eu queria soar indiferente. Mas talvez não tenha conseguido esconder a emoção por completo.

Ele achou que eu estava cobrando algo.

— Esquecer o aniversário… Que bobagem.

Fechei os lábios, sem saber o que responder.

Entendi o lado dele. Entendi tudo.

Raul não era uma pessoa má. Era rígido, sim, mas doce com a Libby.

Tratava a Therese com frieza porque ela era rebelde. E porque foi fruto de um casamento arranjado.

Não devia amá-la tanto quanto os outros filhos. Era compreensível.

Não posso culpá-lo. Eu mesma escrevi essa história.

Não era rancor. Só um cansaço profundo.

— Acho que não devia ter dito nada. Mas, se puder, gostaria de me retirar. Considero isso meu presente de aniversário.

Se minha voz soasse irônica, Raul notaria na hora e reagiria com fúria.

Mas ele pareceu perceber que, dessa vez, eu estava realmente calma.

Silêncio.

Será que ele está bravo?

Era difícil ler Raul só pelo olhar.

Ele não podia simplesmente me expulsar da mesa, mas talvez fosse melhor evitar mais atritos.

Suspira. Melhor fingir que estou comendo e esperar acabar.

Se ele se irritasse, me mandaria embora.

Se eu vendesse algumas joias da Therese, conseguiria o dinheiro que precisava para a Chave Dimensional.

Tudo se resolveria.

Mas, quando baixei os olhos, ouvi.

— Isso não é presente.

A voz dele estava irritada, mas parecia… dirigida a outro alvo.

Levantei a cabeça. Nossos olhos se encontraram.

— Se estiver cansada, pode subir. Vou mandar Donovan com um cheque em branco. Use para pagar o que precisar.

…Um cheque em branco? Ele enlouqueceu?

Era exagerado. Constrangedor até.

— Não precisa tanto. Um cheque em branco, pai?

— Você é filha dos Squire. Acha que isso é muito por um presente de aniversário?

Claro que era.

Um cheque dos Squire podia comprar até uma mina.

Mas engoli a resposta e agradeci.

— Obrigada, pai.

Era tudo que eu queria. Não queria continuar ali sendo o elo frágil daquela família feliz.

— Vou me retirar. Desejo que tenham um ótimo momento em família.

Antes de sair, olhei para a Libby.

Hoje devia ser um dia importante pra ela. Me senti mal por ter estragado o clima.

— Parabéns, Libby.

— A-ah… obrigada, irmã.

Cumprimentei Roseane com um leve aceno e saí do salão, ainda sentindo um aperto no peito.

Foi nesse momento que os alertas explodiram.

Ding!

[A Constelação ‘Caminho da Cerveja’ patrocinou com 100 moedas.]

[Delicioso… mais por favor.]

Ding!

[A Constelação ‘Maníaco por Dramas’ patrocinou com 100 moedas.]

[Por favor, suba o nível do canal! Não aguento mais ser Bronze! Só posso doar 100 moedas por vez!]

Ding!

[A Constelação ‘Passe Romântico’ patrocinou com 100 moedas.]

[Ainda nem apareceu o protagonista masculino e eu aqui, fiel.]

Ding!

[A Constelação ‘Vamos Acelerar’ patrocinou com 100 moedas.]

[E agora? Que clima foi esse? Ai, vou deitar aqui.]

Ding! Ding! Ding!

Incontáveis notificações, muitas sem comentários.

O som dos alertas parecia aplausos após uma apresentação perfeita.

Era um festival onde todos estavam celebrando, menos eu.

Fiquei ali, parada, olhando a nova janela do sistema.

[Meta de 10.000 moedas atingida em tempo recorde!]

[Novas Constelações estão entrando.]

[Novas Constelações estão entrando.]

[Novas Constelações estão entrando.]

[Canal promovido: Bronze ▶ Prata.]

É natural sentir medo do ódio alheio e tristeza com a indiferença.

Mas eu parecia mais sensível do que a maioria.

Tinha conseguido escapar disso… e estava começando a me acostumar a estar só.

Mas esse mundo queria me empurrar de volta.

Para buscar afeto. Para me fazer acreditar que, sem amor, eu não tinha valor.

Estou enjoada.

Meu rosto perdeu a cor. Um torpor me dominou, arrastando-me para um pântano emocional.

Foi quando ouvi uma voz sussurrante atrás de mim:

— Como esperado da streamer em quem eu depositei tanta esperança. Senhorita Jiwoo.

— …!

Um calafrio percorreu minha espinha. Dei um passo em falso.

Quase caí, mas Oswald me segurou pela cintura com firmeza e me endireitou com delicadeza.

Tão gentil que parecia… íntimo demais.

— Precisa tomar cuidado pra não se machucar.

Mas o tom dele era frio. Como quem teme que um vaso caro se quebre.

Dei um passo pra trás imediatamente.

Meu coração disparou.

— Por que você está aqui?

Tentei soar firme, mas estava tensa. Dava pra perceber.

Oswald sorriu, cortês.

— Transmissões populares sempre atraem patrocinadores.

Popular? Nem ranqueada eu era ainda. Que conversa fiada.

Ele me observava com pena.

— Você está pálida. Melhor mudar de ambiente. O quarto? Ou a biblioteca?

Estendeu o braço como um cavalheiro, oferecendo escolta.

Aquele terno vermelho… parecia uma gota de sangue.

Esse homem realmente acha que vou aceitar isso? Que arrogância.

— Só estou um pouco enjoada.

Me afastei, rejeitando com clareza.

— Haa… que mulher complicada.

Ele suspirou e girou a bengala.

— Hã?!

De repente, meu corpo caiu contra o dele, sem controle. Ele me amparou com firmeza.

A palma da mão dele estava quente.

Eu imaginava que fosse fria como gelo.

Esse calor humano… era ainda mais apavorante.

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