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Capítulo 01

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  4. Capítulo 01 - Prólogo
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Recrutamento

Prólogo

— Eu vou te matar!

— Não consegue parar, senhorita Therese Squire?!

A vilã gritava com amargura para a pobre mocinha.

Mas não havia chance de ela vencer.

Afinal, esta era a cena em que a vilã, sua meia-irmã, era morta.

— Oh, pai…

— Tentar matar sua irmã? Você foi longe demais. Nem mesmo sendo minha filha consigo mais suportar você.

Tak!

Parei o jogo e verifiquei o tempo de jogatina.

— Hm… Dessa vez também estou morrendo rápido demais.

Meus cabelos estavam presos às pressas, cortados de qualquer jeito por estarem longos e embaraçados.

Usava o mesmo moletom preto e jeans havia dias.

A pele pálida denunciava a ausência de sol, e os olhos semicerrados revelavam o cansaço de quem encara a tela o dia inteiro.

Mesmo assim, eu era uma desenvolvedora de jogos.

Todos os membros da equipe já haviam ido embora.

Só restava eu, sozinha, naquele estúdio grande demais para ser chamado de empresa.

O nome do jogo em produção era Deleite dos Deuses. Um jogo no estilo harém reverso.

A história era simples: a filha perdida de um duque reencontra a família, recebe amor e cria laços com vários homens encantadores.

Não era um jogo ruim. Havíamos colocado nele toda a nossa paixão por muito tempo.

Mas havia um problema: a vilã morria rápido demais.

Eu a criei de forma muito simples.

Adicionar uma meia-irmã invejosa era a maneira mais fácil de realçar o brilho da protagonista amada por todos.

Ao contrário da mocinha, que crescera num cortiço, Therese nascera nobre, com ideais e autoritarismo enraizados até os ossos.

Se algo não saía como queria, tornava-se violenta. Egoísta. Arrogante. Rude…

Era como se eu tivesse concentrado nela tudo o que havia de ruim.

Talvez por isso ela se tornasse uma vilã eliminada com facilidade demais na narrativa.

Isso tirava toda a tensão do jogo.

— Mesmo que eu não seja boa nisso, preciso equilibrar a história até pelo menos o meio do enredo…

Esfreguei os olhos cansados e encarei Therese, a vilã que aparecia no monitor.

Uma mulher de beleza estonteante — cabelos negros, olhos cinza-prateados —, como uma verdadeira obra de arte.

A vilã que parecia ter tudo, menos amor.

Soltei uma risada baixa.

Será que, para alguém ser amado, o outro precisa ser deixado de lado?

Nessa lógica, me perguntei se o amor era mesmo algo tão especial.

Instintivamente, meus olhos pousaram em Libby.

A heroína que todos amavam… mas que não amava ninguém.

Por isso mesmo, era uma personagem com quem eu não conseguia me conectar.

Na verdade, era a narrativa da vilã que me parecia mais plausível.

— …Ah, estou ficando sensível demais. Cheia de sentimentos inúteis.

Sou a filha mais velha de uma família recomposta.

Minha mãe, com uma filha de oito anos — eu —, casou-se com um homem de boa posição.

Meu padrasto também tinha dois filhos: uma menina e um menino.

Reconheciam minha mãe como madrasta, mas nunca me aceitaram.

Quanto mais eu tentava mostrar ao meu padrasto que era uma filha útil, para não ser rejeitada, mais meus meio-irmãos me odiavam.

Era difícil entender.

Cedia tudo a eles, cuidava quando era preciso, tolerava exigências… e ainda assim era tratada com desdém.

Me esforcei para ser uma filha conveniente. Uma irmã útil.

Não. Essa posição não era escolha. Era imposição.

Porque ninguém me queria. Ninguém me amava.

Quantas vezes desejei simplesmente desaparecer…

Por isso, o medo do abandono era ainda mais profundo.

Foram dias repulsivos.

No fim, tornei-me apenas uma filha obediente — tanto ao padrasto quanto à minha mãe.

Certo dia, perguntei a mim mesma.

“Você está cansada?”

……

Não havia resposta certa.

Em minhas memórias desbotadas, eu já estava esgotada desde pequena.

Aprendi a desistir depois que meu aniversário foi ignorado por três anos seguidos.

Mordi os lábios tantas vezes, só para conseguir dizer: eu também quero ser amada.

Quando vi as bonecas antigas e os consoles quebrados dos meus meio-irmãos, guardados no armário, fiquei sem palavras.

Meus brinquedos não estavam lá.

Foi aí que entendi.

Só eu me sentia culpada. Só eu me esforçava.

Aos vinte anos, me vinguei daqueles que eu me recusava a chamar de família. E deixei aquela casa.

Mas as memórias doíam, difíceis de apagar.

Cresci como Shin Jiwoo, uma criança que não foi amada.

Sentia-me um produto defeituoso, marcado de forma indelével.

Tak!

Voltei o jogo ao início, tentando afastar os pensamentos que me sobrecarregavam.

Queria rever a vilã, destinada a morrer em qualquer uma das rotas.

[…Carregando…]

A música de abertura — aquela que eu já ouvira milhares de vezes — ecoou no fone de ouvido.

Foi então que…

— Uh… Por que estou tão tonta…?

Nem terminei de falar.

Boom!

O som da minha cabeça batendo ecoou alto.

Foi a última coisa que ouvi na Terra.


— Acordem-na.

Uma voz grave, solene.

As palavras eram estranhas, mas, curiosamente, eu as compreendia.

Splash!

— Aaaah!

Levantei o tronco, tomada pelo susto da água fria.

— O quê…?

— Finalmente acordou?

Meus olhos se voltaram para a voz.

Um homem de meia-idade, cabelos negros e olhos prateados, me encarava com frieza.

Abri os lábios, num sussurro fraco.

— Raul…?

Duque Raul Squire.

Chefe da Casa Squire. Pai da protagonista de Deleite dos Deuses.

— Chamando seu pai pelo primeiro nome? Parece que ainda está bêbada. Derramem mais água na senhorita.

Um homem ao lado de Raul — talvez um subordinado — ergueu outra jarra d’água.

— E-esperem!

Olhei para Raul, assustada.

— P-papai…?

Raul é meu pai?!

Então… quem sou eu?

Ele me encarou com frieza, a voz carregada de decepção:

— Já voltou à sobriedade?

Olhei ao redor, atônita.

O cheiro forte de álcool me enjoava. Garrafas vazias espalhadas por todo lado.

Se eu tivesse mesmo bebido tudo aquilo… minha cabeça explodiria.

Mas não conseguia entender mais nada.

‘O que está acontecendo aqui?!’

Então, ouvi um tilintar:

[Se você definir o nome do canal, a transmissão começará.]

※ Recomendado: A Vilã Streamer [▹Confirmar]

…Janela do sistema?

Esfreguei os olhos. Ela não desapareceu.

Isso é… Clichê demais.

Acordar com um teto desconhecido, ver um estrangeiro familiar, sentir que o corpo mudou…

Como produtora de jogos, reconheci o desenvolvimento de imediato.

Não pode ser… Possessão dentro do jogo? Isso faz sentido?

Já havia imaginado isso antes.

Fugir de uma realidade miserável e reencarnar em um jogo ou romance.

Mas era só imaginação.

Algo que jamais aconteceria.

Mas isso… não é imaginação.

As gotas d’água escorrendo pelo queixo.

A dor de cabeça da ressaca.

O cheiro forte de álcool.

Mesmo negando a realidade, meus sentidos gritavam cruelmente, me forçando a aceitar.

Apertei “OK”.

Era um clichê comum: ignorar a janela do sistema significava morte instantânea.

[Iniciando a transmissão.]

…Mas o que exatamente significava transmissão?

Pelo contexto, parecia que eu havia possuído o jogo que estava desenvolvendo “Deleite dos Deuses”.

Mas esse jogo não tinha mecânica de transmissão. Não era estilo canal no YouTube.

Então isso era…

[As Constelações estão entrando.]

Um jogo de “deuses”? Literalmente?

[A Constelação ‘Inspetor de Rostos’ aplaude a aparência da streamer.]

Meu rosto ficou inexpressivo.

Algo estava acontecendo. Mas eu não entendia nada.

Ah… Espera aí.

Arregalei os olhos. Ainda não havia confirmado o mais importante:

Quem eu sou?

Meu coração disparou.

Meu pai era o duque Raul Squire. E o nome do canal era BJ Vilã.

Isso significa… Não, não pode ser…

Cambaleei até o espelho de corpo inteiro.

— Venha aqui agora! Até quando vai me decepcionar com esse noivado fracassado?!

[A Constelação ‘Maníaco por Desenvolvimento’ está satisfeita com a família disfuncional.]

Raul gritava, mas eu mal ouvia.

— Não pode ser…

Com as mãos trêmulas, toquei meu rosto e cabelo.

Mesmo desgastado pela ressaca, o rosto diante do espelho era absurdamente belo — uma beleza decadente, digna de uma pintura.

Raul tinha duas filhas e um filho caçula.

[Therese], filha do primeiro casamento político, falecida no parto. A vilã.

[Libby], filha do segundo casamento por amor. A protagonista.

[Giuseppe], o filho mais novo.

O foco eram as filhas.

Raul se aproximou com raiva. Eu continuava tocando meu rosto, atônita. Ele agarrou minha mão:

— Você consegue parar com isso, Therese?!

Eu sou Therese Squire.

Não sou Libby, a amada heroína.

Sou Therese — a vilã rejeitada, que morre em todas as rotas.

— Therese Squire. Está proibida de sair até o fim das férias.

A voz de Raul soava distante, como um zumbido.

A mente girava. Os ouvidos falhavam. Tudo era confuso.

Não… isso não está acontecendo de novo.

Não posso ser, outra vez, a filha mais velha que ninguém ama.

— Ha… Hahaha… haha…

O riso esvaiu-se.

Em seu lugar, um calor desagradável tomou conta de mim.

— A-ah… uhhh…

Agarrei o peito do vestido amarrotado, como se fosse rasgá-lo.

Engolida pelas emoções, chorei de maneira descontrolada.

Nunca havia sentido algo tão intenso.

Era inevitável.

— Por quê… por quê…

Por que… por que eu tive que possuir logo a vilã?!

Boom!

A visão escureceu.

A última coisa que vi foi o rosto atônito de Raul.

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