Capítulo 54
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tradução: (manteiga)
revisão: (Daniel)
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“ah! mas o irmão mikard disse que você não precisaria disso!”
“…parece que precisamos ter uma conversa sincera de pai e filho.”
hã? agora pouco, pensei ter ouvido o almirante ranger os dentes.
‘hum… talvez ele esteja se sentindo excluído, já que é o único que não recebeu nada.’
fiz uma anotação mental para ser mais atencioso da próxima vez.
quando subi para o convés, percebi de repente que a terra já não estava mais à vista.
“viemos longe!”
“daqui em diante, essa é a rota que os golfinhos seguem. eles gostam de saltar sobre as ondas criadas por grandes navios.”
“uau.”
achei que eles não gostariam do barulho do navio, mas acho que nem sempre é o caso.
[o rei dos espíritos da água ‘■■■■’ explica que, assim como as pessoas, os golfinhos também têm personalidades diferentes.]
[os golfinhos geralmente têm a inteligência de uma criança pequena. alguns mais velhos ou os líderes dos cardumes podem ser excepcionalmente inteligentes. então, naturalmente, todos eles têm suas próprias preferências.]
então, existem golfinhos que não gostam de barulhos altos, enquanto outros curtem!
entendendo isso, comecei a olhar as ondas curiosamente, me perguntando onde os golfinhos poderiam estar.
“você quer ver golfinhos?”
“sim!”
“vou chamá-los para você.”
como?!
o almirante e meus irmãos parecem conhecer os golfinhos.
‘eu não conheço, porém.’
sentindo um pouco de inveja, comecei a pensar em como poderia me familiarizar com os golfinhos também.
“certo, vou chamá-los!”
“vai em frente.”
enquanto o almirante levantava casualmente a mão, uma mulher de cabelo castanho claro se adiantou com confiança.
ela usava o cabelo preso em um coque simples e se virou para sorrir para mim…
e então—splash!
ela pulou na água.
“e-e-la caiu!”
“ela está mergulhando. a tenente-comandante rachel é uma desperta, capaz de se comunicar com golfinhos e baleias.”
“….……!”
“ela é a única pessoa que entende o sistema de linguagem deles e pode até usar seus dialetos. é um talento incrível.”
isso é tão legal!
fiquei surpreso no começo, mas agora meu coração estava batendo forte de empolgação.
‘estar em um navio permite ver e aprender muito mais do que ficar em casa.’
quero entrar para a marinha também!
[o rei dos espíritos da água ‘■■■■’ acrescenta uma explicação.]
[baleias também têm sistemas de linguagem diferentes dependendo de seus cardumes. as que vivem no oceano ártico falam de maneira diferente das que habitam os mares de pashayen.]
bem, isso faz sentido—os humanos têm línguas diferentes de acordo com seus países, então as baleias também teriam.
[o rei dos espíritos da água ‘■■■■’ explica sobre os cliques.]
[baleias se comunicam fazendo dezenas de sons curtos de clique. esses são chamados de cliques.]
‘entendi!’
[o rei dos espíritos da água ‘■■■■’ explica sobre o coda.]
[coda é quando esses cliques formam um ritmo e um tempo específicos.]
‘então, o coda é como uma frase?’
[o rei dos espíritos da água ‘■■■■’ balança a cabeça.]
[cliques são fonemas, o coda é uma sílaba, e quando essas sílabas se combinam, formam uma frase. por exemplo, se uma baleia quisesse dizer “há uma abundância de comida aqui,” ela levaria muito mais tempo para dizer isso do que os humanos.]
sempre pensei que as baleias simplesmente se comunicassem através da ecolocalização, mas não é o caso!
[o rei dos espíritos da água ‘■■■■’ afirma que as baleias são os intelectuais do mar.]
[outro fato fascinante é que as baleias vivem em uma sociedade matriarcal. o conhecimento tradicional é transmitido de mãe para filha, e a baleia mais velha da matriarca lidera o cardume.]
então… isso significa que a baleia ancestral é uma avó?
enquanto ponderava sobre isso, de repente—
“kyah!”
um cardume de golfinhos saltou ao mesmo tempo.
splash! splash!
eles saltaram graciosamente como se estivessem dançando, e cada vez que caíam de volta na água, gotículas de água atingiam meu rosto.
ri da diversão disso, mas então meus olhos se arregalaram ao perceber que sereias estavam aparecendo junto com os golfinhos.
“gasp! olha, sereias!”
e na frente do grupo… acho que é a mesma sereia que vi antes no jardim marinho do avô!
“a tribo da pérola escarlate chegou. a que está liderando é calliote, filha do chefe deles.”
então, com um poderoso movimento de suas caudas, as sereias saltaram pelo ar e acenaram para mim.
acenei de volta com a mesma energia.
“a tribo da pérola escarlate é muito amigável com os humanos.”
“será que existem sereias que não são amigáveis?”
“a tribo da garra azul não gosta muito dos humanos. a tribo da barbatana verde odeia os humanos. mas graças ao tratado de paz, as coisas estão bem por enquanto.”
enquanto o almirante falava, seu perfil parecia resoluto—firme e inabalável, como uma rocha que resiste a qualquer tempestade.
“embora existam diferentes tribos de sereias, todas elas seguem um único rei.”
nesse momento, tio redondo—não, o chefe de engenharia—de repente entrou na conversa com uma explicação.
“no passado, as relações entre sereias e humanos eram péssimas. mas quando sua excelência fez dez anos! ele se aventurou pessoalmente no fundo do mar e lutou contra o rei das sereias.”
“o quê?! sério?!”
“claro! e com apenas dez anos, ele lutou contra o rei das sereias até um empate. desde então, as sereias pararam de atacar os humanos.”
quando a explicação terminou, o almirante limpou a garganta rapidamente e levantou uma sobrancelha.
“não foi nada de mais.”
“uau… uau… eu também quero fazer isso! quantas noites eu tenho que dormir até fazer dez anos…?”
espalhei meus dedinhos gordinhos, contando um por um enquanto murmurava.
“cem noites vezes cem…”
nesse momento, as sereias e o cardume de golfinhos saltaram ao mesmo tempo em uma grande exibição.
no meio das sombras cintilantes da água, os olhos violetas de diegon se encheram de choque.
“o quê… você acabou de dizer…?”
a respiração dele ficou presa.
com o coração batendo forte, diegon tentou manter a voz firme enquanto falava novamente.
“diga isso mais uma vez, pequenina.”
“hm? eu tenho que dormir cem noites cem vezes.”
“cem noites… cem vezes.”
enquanto o navio balançava com o movimento dos golfinhos e das sereias, diegon conseguiu, por pouco, segurar sua filha, que quase caiu para frente com um ‘wahhh!’
cem noites, cem vezes…
essa frase era algo que aurora costumava dizer com frequência.
quando elzen ficava frustrado, se perguntando quando conseguiria ser como o irmão mais velho mikard, aurora sorria e dizia.
‘é só dormir cem noites cem vezes.’
nos dias em que as coisas não iam bem e ele se sentia irritado, aurora dizia calmamente.
‘egon, se você dormir cem noites cem vezes, as coisas serão resolvidas. algumas coisas simplesmente levam tempo. dê a si mesmo um pouco de espaço.’
mas agora, como era que essa mesma frase estava saindo da boca dessa garotinha?
‘a essa altura, não está óbvio que você é luarel?’
havia evidências circunstanciais esmagadoras—como uma inundação. a única coisa que faltava era a prova definitiva, tão escassa quanto água em uma seca.
ainda assim, cedric e carmen estavam investigando maldições que poderiam reverter o corpo de alguém para um estado mais jovem ou apagar memórias. em breve, teriam uma resposta.
uma resposta confirmando que shupetty era, de fato, luarel.
“almirante! mostre-me o dragão marinho!”
“…certo.”
seria maravilhoso se você me chamasse de ‘pai’ em vez disso.
quando você finalmente vai me ver como seu pai?
sei que é responsabilidade de um adulto conquistar a confiança de uma criança, e entendo que isso leva tempo. mas quanto mais penso em shupetty sendo minha filha perdida, mais impaciente fico.
‘é seu direito me chamar de ‘pai.’’
aurora provavelmente iria rir de mim novamente.
ela colocaria um dedo nos meus lábios e diria.
espere o tempo que for necessário para dormir cem noites cem vezes.
“observe com atenção. essa é a minha habilidade especial—invocação do dragão marinho.”
“kyah!”
mas se você realmente é minha filha… então o que dizer de aurora?
se você sabe essa frase, não significa que aurora a criou?
‘será que ela… será que ela ainda está viva?’
nesse momento, um redemoinho se formou no mar calmo.
o navio balançou violentamente, muito mais do que antes.
a tripulação correu para recolher as velas, se amarrando com cordas. aqueles que não conseguiam resistir à turbulência se retiraram para os camarotes, trancando as portas com força.
quando todos estavam prontos para receber o dragão marinho—
CRACK!
o mar se partiu.
não havia outra forma de descrever isso.
um dragão gigantesco surgiu do oceano negro como tinta, carregado por colunas imensas de água.
era como se tivesse surgido direto do peito do almirante—uma esperança enorme e perigosa, prestes a explodir.
essa criatura, selvagem e feroz, era forte o suficiente para afundar centenas de navios em um instante.
“você não está com medo?”
“é tão legal! eu não tenho medo nem um pouco!”
“