Capítulo 51
⭑✧⁺⁎ ⁎⁺✧⭑ ✨ the youngest member filming a parenting show is (51) ✨ ⭑✧⁺⁎ ⁎⁺✧⭑
tradução: (manteiga)
revisão: (Daniel)
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É claro que eu não me lembro do rosto dela.
mas lembro o quão tola, o quão completamente ingênua ela era.
e também, a bondade que ela tão generosamente dava.
cecilia nunca gostou muito de seu irmão mais novo, diegon. mas ela frequentemente passava tempo com sua esposa, aurora.
as suas bochechas rechonchudas e claras estavam sempre cheias de comida, comendo com tanto entusiasmo.
era divertido ver seu rosto se iluminar ao ver doces, e sua inocência era cativante—tanto que, mesmo quando era zombada, ela não entendia e apenas sorria timidamente.
eventualmente, cecilia abriu seu coração para aquela mulher radiante como o sol. foi por isso que, quando luarel nasceu, ela pôde sinceramente parabenizá-la.
afinal, o terceiro filho tinha poucas chances de ser desperto, e como era uma menina, cecilia acreditava que ela e angela se tornariam boas primas.
‘mas… e se ela for tão forte assim?’
não.
se shupetty fosse realmente luarel…
‘ela ganharia o direito de sucessão.’
ela poderia desafiar pela posição de chefe da família.
‘isso não pode acontecer!’
leviwood era o seu único trunfo.
no dia em que leviwood se tornasse o próximo sucessor da família, ela lidaria com violet.
e então, se tornaria a chefe da família.
a habilidade de violet não era nada especial. com a habilidade de petrificação de cecilia, ela não precisaria matá-la—poderia transformá-la em pedra para sempre.
o terceiro filho, nine, foi adotado e não tinha direito de participar da batalha pela sucessão. diegon era um problema, mas uma vez que estivesse no mar, ela resolveria as coisas.
‘não vou matá-lo,’ assim não violaria as regras da família.
“eu tenho que me tornar a chefe da família.”
cecilia murmurou vazio, abaixando a mão que estava mordendo.
‘só uma vez. só uma vez, eu quero derrotar violet.’
cecilia sempre foi a segunda colocada.
era sempre sua irmã mais velha quem recebia o reconhecimento de seu pai.
era sempre sua irmã mais velha quem recebia mais amor de sua mãe.
todos ao redor delas estavam encantados pela irmã mais velha, bajulando-a com sorrisos estúpidos.
o que havia de tão especial naquela raposa astuta?!
mesmo quando jovem, o primeiro amor de cecilia disse—
‘ei, você sabe…’
‘sim?’
era um dia fresco de outono, no dia de seu baile de debutante.
aquele desgraçado a chamou para a varanda e disse—
‘você pode… dar isso para sua irmã?’
‘………?’
‘sabe, eu admiro a senhora violet há muito tempo. como você é irmã mais nova dela, pensei que poderia entregar isso para ela.’
‘seu maluco!’
naquele dia, cecilia perdeu a paciência e transformou seu amor não correspondido em pedra.
a petrificação passou logo, mas o incidente nunca foi esquecido, e desde então, ninguém se atreveu a se aproximar de cecilia.
enquanto isso, violet continuava a construir sua rede de conexões.
a menina tímida e sonhadora que um dia desejou o amor morreu naquela noite de outono, deixando apenas um monstro, cujos cabelos se transformaram em serpentes quando ela estava enfurecida.
‘se violet ao menos tivesse ficado do meu lado, se tivesse me defendido pelo menos uma vez, eu não teria esse rancor. mas ela simplesmente ignorou, não foi?’
vamos ser honestos.
se alguém estivesse no meu lugar, não iria querer despedaçar violet e matá-la?
‘de qualquer forma, leviwood deve se tornar o próximo sucessor. só assim terei legitimidade para me tornar a chefe da família.’
legitimidade.
isso era uma questão extremamente importante na sociedade nobre.
precisava de uma justificativa para suprimir a oposição das famílias subordinadas.
mesmo que ela se tornasse a chefe da família, se as famílias subordinadas se virassem contra pashayen, diegon eventualmente interviria para derrubá-la.
‘isso não pode acontecer. não, não deve.’
uma vez que ela se tornasse a chefe da família, leviwood herdaria a posição após ela.
seu sangue.
e então, o filho de seu filho continuaria a governar.
essa era a determinação pura que cecilia carregava até aquele momento.
mas shupetty—ela era forte demais.
se ela não fosse luarel, não importaria se fosse membro de pashayen ou resonadora.
mas se fosse luarel…
foi então—
toc, toc.
um breve toque seguido pela voz do mordomo do lado de fora.
“segunda senhora, o chefe da família a chamou.”
“meu pai? assim, de repente?”
o chefe da família pashayen, galizard, era um homem implacável.
pelo menos para ela, ele era.
talvez não para violet, mas cecilia nunca se sentou em seu colo.
ele só a chamava quando havia uma tarefa a ser cumprida.
ou…
“aaah! por quê! por que eu!!”
bang!
depois de voltar do escritório do chefe da família, cecilia não conseguiu controlar sua fúria e lançou objetos pelo quarto.
shaaak.
seu cabelo, reagindo à raiva, se enrolou como cordas e se transformou em serpentes, que batiam a língua.
“por que eu? se fosse uma guerra territorial, tudo bem. mas por que devo ir cumprir as ordens do imperador?”
ela sabia. claro que sabia.
o próximo sucessor não poderia se mover.
do ponto de vista do império, o almirante de pashayen tinha o dever de defender o mar contra invasões estrangeiras.
isso significava que ele não poderia deixar facilmente seu posto. a menos que uma potência estrangeira invadisse de forma flagrante, não haveria razão para o chefe da família intervir.
ela entendia tudo isso.
mas isso não impediu a raiva incontrolável que se acumulava dentro dela.
era a raiva de quem era usado como uma peça conveniente no tabuleiro.
inferioridade. isolamento. uma luta desesperada por reconhecimento.
todas essas emoções se misturavam dentro dela, mas cecilia se recusava a reconhecer a criança ferida no fundo de seu coração.
‘justo agora, por que uma guerra precisa começar?!’
ela cerrou os punhos e se apoiou na penteadeira, lutando para controlar sua respiração ofegante.
sua reflexão no espelho parecia totalmente monstruosa, até para ela mesma.
‘por isso… todos sempre preferiram violet.’
o ressentimento que havia se acumulado dentro dela se torceu e se virou violentamente.
ela queria transformar violet em pedra naquele instante, mas temia seu pai.
e não poderia desobedecer suas ordens.
mas a única coisa que tinha em mãos era o fato de ter dado à luz um filho forte.
e se ela fosse para a guerra?
ela seria completamente excluída do círculo interno da família.
‘o que eu faço? o que devo fazer?’
justo quando sua visão ficou vermelha—
“querida.”
sem bater, a porta se abriu silenciosamente e bernstein apareceu.
“ouvi as notícias. você está sendo enviada para o campo de batalha.”
“hah! as notícias já se espalharam? então eles realmente querem me mandar embora?”
“hmm.”
“eles estão determinados a me tirar de cena…”
um gosto amargo de sangue pairava em sua boca.
mas cecilia não estava preocupada apenas com sua posição na família.
leviwood!
seu filho bondoso.
agora, ele estava perto dela, ao seu alcance. ela poderia guiá-lo, moldá-lo.
mas e se ela ficasse longe por anos… o que aconteceria então?
durante esse tempo, leviwood sem dúvida se aproximaria de violet.
ele ainda cumpriria os desejos de sua mãe quando ela voltasse?
“leviwood ainda é jovem. sua mente é maleável e impressionável. se eu for embora, violet o transformará em seu peão.”
suas mãos apertaram ainda mais a penteadeira, as veias saltando contra sua pele pálida.
ela precisava manter a racionalidade, mas a fúria queimava dentro dela, tornando isso impossível.
na reflexão do espelho, bernstein estava calmo como sempre, com os olhos fechados, seu rosto impassível.
“você está preocupada que leviwood vire as costas para você?”
“ninguém sabe quando essa guerra vai acabar. pode demorar cinco anos! e, até lá, leviwood será um homem feito.”
e ele esqueceria sua mãe.
ela estava quase certa disso.
“mas o que mais você pode fazer, chessie? se você quiser desafiar a ordem, não tem escolha a não ser se tornar a chefe da família você mesma.”
“você acha que eu não sei disso?!”
crash!
num acesso de raiva, cecilia pegou um frasco de perfume da penteadeira e o arremessou contra bernstein.
o frasco se quebrou contra a parede, o cheiro forte preenchendo o ar.
bernstein apenas olhou para os cacos de vidro e, em seguida, fechou os olhos novamente, sorrindo.
ele entendia exatamente o que cecilia temia.
“você precisa tomar uma decisão, chessie.”
“que decisão?”
“ainda há tempo antes do seu envio. só será depois do banquete de aniversário do almirante.”
“e daí?”
o aniversário de diegon estava se aproximando. não que ela se importasse.
“naquele dia, eu vou distrair diegon. enquanto isso, você encontra uma oportunidade para transformar o chefe da família em pedra.”
cecilia congelou.
ela não tinha certeza se tinha ouvido direito.
bernstein sempre sugerira trabalhar com forças externas para iniciar uma guerra territorial.
ela sempre pensava que ele estava dizendo isso apenas para acalmá-la, alimentando suas frustrações.
mas agora…
“o que você está dizendo que devemos fazer com o chefe da família?”
Continua…